Euclides da Cunha, O POETA!

Euclides da Cunha é tido como um mentor perante às análises sociais brasileiras, principalmente por descrever os sertanejos na sua pureza, assim como buscou ilustrar a vida que eles levavam na forma mais próxima a realidade daquele tempo (que comparado as tempos de hoje mudou muito, mas não o suficiente após passados tantos anos de história). Além de um escritor exímio e estudioso em diversas áreas, o nosso autor era um poeta de mão cheia. Existe uma artigo publicado pela Revista Eletrônica Recorte que traz uma análise de três poemas: Ironia…(?), Num ângulo da rua e No campo

O Primeiro retrata resquícios aos primeiros passos à escrita da Realidade Brasileira, onde dispõe um relato sobre a vida árdua dos trabalhadores das pedreiras, inclusive ilustra um acidente em uma das operações.

O Segundo busca descrever o preconceito com a as prostitutas, onde ele denuncia a forma como esta mulher é vista inserida numa multidão, como um ser insignificante por vender seu corpo por comida.

E por fim, o terceiro poema, o mais difícil de interpretar na minha opinião, ilustra a perversidade humana para buscar soluções perante diversas situações colocadas pela natureza.

Convido-os a ler o artigo exposto no link: http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5106179

Abraço!
Tiberio Brenner.

A Terra, o Homem e a Luta – Euclides da Cunha, o Militante da República

A Terra, o Homem e a Luta – Euclides da Cunha, o Militante da República

Quando ouvimos falar de Euclides da Cunha, já nos remete a associar com a sua célebre obra Os Sertões e pensamos em Nordeste, seca, lutas e pesares. Mas, Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em 1866 na cidade de Cantagalo – Rio de Janeiro, órfão de mãe.

Euclides estudou em colégio militar e em 1884 ingressa na Escola militar Politécnica do RJ, onde cursou Engenharia – a escola militar foi fruto do Império Português e era como se fosse um modelo da Polytechnique, realização da Revolução Francesa, Euclides chegou a ser aluno de Benjamin Constant na escola que tinha por objetivo formar oficiais e engenheiros para serviços públicos civis. Na década em que precedeu a Abolição e a República é de mais notável partipação da Escola Militar na vida pública do país, no qual acarretou seu fechamento: prisão de todos os alunos, que depois é reaberta. Euclides foi expulso antes de completar o terceiro ano, porque em sua formatura ao invés erqguer seu sabre de sargento em saudação ao republicano Lopes Trovão, tenta quebra-lo, este ato foi combinado com os demais colegas, mas na hora só Euclides faz e é preso, este ato foi conhecido como o episódio da “Baioneta”.

Apesar de ser perdoado por Dom Pedro II, Euclides abandona a escola e parte para São Paulo, cidade considerada o quartel das lutas republicanas. Em 1890 casa-se com Ana Ribeiro, filha do General Solon Ribeiro (militar de destaque na Proclamação da República), retornando para a carreira militar no Exército. Atua na Guerra das Armadas

1896 abandona de vez o exército por divergir com o Governo de Floriano Peixoto, e faz carreira como engenheiro funcionário público, embora muito atraído pelo magistério

Sertões, sua mais célebre obra vem em sua primeira edição no ano de 1902, também vem sua eleição tanto para a Academia brasileira de Letras, quando para o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Embora, nunca tenha se tornado um escritor a favor dos poderosos, como a maioria dos intelectuais contemporâneos, manteve seu poder de fogo crítico, será sempre neutralizado, e sua escrita é de uma natureza política empenhada. Diante do cenário da Guerra de Canudos, Euclides escreve a obra em meio ao seu trabalho na reconstrução da ponte sobre o Rio Pardo.

sertoes

O Sertões cola-se como um livro precursor, posto na raiz do desenvolvimento das ciências sociais brasileiras dos anos de 1930 e 1940, retratando da coexistência de dois “países” – um litorâneo e adiantado, o outro interiorano e atrasado. Este foi o primeiro grande livro, com imediato êxito e divulgação, a trazer para a linha de frente do pensamento nacional a indagação das razões do atraso do interior do páis e deste país em relação aos outros.

Euclides foi um rebelde, explorou muitos estados do Brasil, foi ativo na Revolta das Armadas e em Canudos, um homem de Lutas, da coexistência de Terras, e um Homem, quase nada comum que morre em 1909, a tiros por Euclides da Cunha Filho (filho de sua esposa com Dilermando), briga que nasceu pela traição de sua mulher, enquanto trabalhava em uma expedição no Acre.

Em 2014 comemorou-se o centenário de Euclides.

Em 2014 comemorou-se o centenário de Euclides.